Após esse momento, pudemos delibar sobre a ontologia do Poder.
Poder é a capacidade de destruir, construir e conduzir.
A partir da própria ontologia, descobrimos que temos poder sobre os objetos físicos e psíquicos (objetos ideais são apenas conhecidos, podendo ser instrumento de poder, mas sobre eles não exercemos poder e os objetos culturais necessitam de um suporte físico, psíquico ou ideal, mais o sentido atribuído pelo valor).
Assim, dos objetos físicos, vimos que existem o corpo humano e os bens materiais.
O poder sobre o corpo humano é chamado de Império (assembléia dos fortes). Existem na modalidade ativa (vertical, acumulativa) e modalidade passiva (horizontal, distributiva). O modo ativo são as forças armadas, a reunião do poder máximo de destruição. O passivo é a Justiça, a capacidade que todos temos, quando legítima, de determinar condutas alheias (condutas, não pensamentos).
O poder sobre os bens materiais é chamado de Dieta (assembléia dos ricos). Dieta é a forma de aquisição, consumo e transformação dos bens materiais. A sua forma ativa é composta pelos capitalistas, que acumulam poder de Dieta. A passiva são os assalariados, pois recebem uma parcela do poder acumulado pela sua forma ativa.
O poder sobre o objeto psíquico é a capacidade de condução da consciência. A modalidade ativa é a cultura, a produção contínua de valores (idéias, teorias etc.) A modalidade passiva é a tradição, ou seja: todos os valores que são passados (daí o termo tradição) às gerações.
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