quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ICF CAMPO REAL, 25.AGO.09

Neste dia tivemos a oportunidade de revisarmos os conceios apreendidos sobre gnoseologia (a capacidade humana de conhecer, a partir dos 5 sentidos e do pensamento), sobre metodologia (pois o conhecimento epistêmico necessita de um caminho específico para a sua formação), com os métodos de abordagem indutivo (empírico, homogeneidade de causas formando leis gerais), dedutivo (idealista, onde leis gerais causarão previsão de comportamento causal futuro), hipotético-dedutivo (onde a lei geral é meramente uma hipótese a ser testada), com seus paradigmas filosóficos verificacionistas (a lei geral é definitiva) ou confirmacionistas (a lei geral é meramente aceita até o encontro de uma lei geral mais ampla que explique melhor todos os casos a ela submetido: método de falseabilidade popperiano), a dialética (o aprimoramento do conhecimento ocorre da disposição de proposições contrárias à proposição inicial, onde se formam compreensões mais refinadas que as primeiras impressões existentes). Por último, o método de abordagem fenomenológico (onde, em juízo de epoké, com abstenção de qualquer "pré-conceito" de conhecimento, registram-se todas as impressões do objeto até, em redução eidética, retiram-se os elementos acidentais para que permaneça apenas o essencial, o eidos.)
Então, pudemos conhecer a ontologia (a busca do conhecimento do ser enquanto ser, ou seja: conhecer como as coisas são, conhecer os objetos) Para a realização da ontologia, percebeu-se necessitar de duas primeiras dimensões: o tempo e o espaço. Então, reconhecemos objetos que ocupam lugar no espaço e duram um determinado tempo: objetos com referibilidade espacial e temporal, os objetos físicos. Depois, descobrimos os objetos que possuem referibilidade apenas temporal, os objetos psíquicos. Ao final, descobrimos a terceira classe de objetos: objetos ideais, que não ocupam lugar no espaço nem no tempo, possuindo referibilidade meramente abstrata.
Após conhecermos as três classes de objetos, vimos que o ser humano não se limita à realidade existente, mas a ela atribui significados, sentidos, construindo uma realidade que somente existirá após a intervenção humana: os objetos culturais. Esses objetos são compostos por qualquer uma das outras classes de objetos com a atribuição de valor. O Valor é elemento essencial para o reconhecimento da especificidade humana. Então, discutimos sobre algumas de suas (valores) qualidades: polaridade, referibilidade, preferibilidade, graduação hierárquica, historicidade, incomensurabilidade. O próximo passo é reconhecer as suas (valores: axiologia) últimas características: inexauribilidade, objetividade e implicabilidade.
Após reconhecermos todas as características do valor, iremos compreender a estrutura dos objetos culturais para atingirmos a deontologia, onde teremos o grande divisor de águas metodológico: da causalidade para a finalidade.

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